Segundo Paulo Tavares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), os postos voltaram “a fazer uma guerra de preços”, mesmo operando com prejuízos ou com margens muito pequenas de lucro.
Ele não sabe dizer se esse movimento deve entrar carnaval adentro, mas afirma que a guerra de preços é boa para os motoristas, mas ruim para o setor, uma vez que vários estabelecimentos enfrentam dificuldades de caixa.
No SIG
No Setor de Indústrias Gráficas (SIG), dois postos vizinhos, que, diariamente, brigam pelos consumidores, reduziram o valor da gasolina na bomba de R$ 4,57 para R$ 4,37 o litro. “Para mim, foi ótimo. Estava com o tanque vazio e não contava com esse preço mais baixo”, diz a vendedora Lúcia Cavalcanti, 37 anos.
Tavares recomenda que os postos fiquem atentos a seus estoques. “A greve dos petroleiros nos preocupa muito”, frisa. Em vários vídeos divulgados nas redes sociais, os petroleiros alardeiam que já faltará gasolina no carnaval em vários pontos do país.
A Petrobras rebate essas declarações e garante que há estoques suficientes para abastecer os postos. O mesmo ressalta a Agência Nacional de Petróleo (ANP). De qualquer forma, o representante do Sindicombustíveis-Df ressalta que todo cuidado é pouco.
Nos tribunais
A greve dos petroleiros foi parar no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que a considerou ilegal. A Corte, no entanto, diz que está disposta a dialogar com os petroleiros e com a Petrobras para tentar mediar os conflitos e evitar o pior.
Entre os consumidores, são os preços mais baixos o que importa neste momento. “A gasolina está cara demais. Acho um absurdo um valor acima de R$ 4 por litro”, destaca Welber Luiz, 41, motorista de aplicativos. “Meu bolso agradece qualquer recuo de preço”, emenda.
Brasília, 14h52min