Segundo Trump, as relações comerciais com a União Europeia são “tão más quanto às com a China”. O presidente norte-americano citou, sobretudo a questão do mercado automotivo. “Vejam bem: eles mandam suas Mercedes para o nosso país e nós não podemos mandar nossos carros para eles.” Foi o suficiente para os investidores surtarem.
Para piorar o clima, indicadores mostraram enfraquecimento da produção industrial na China na passagem de maio para junho, indicando que a segunda economia do planeta pode estar entrando em um processo de desaceleração do crescimento, o que afeta, principalmente, os países emergentes como o Brasil, grandes exportadores de commodities para os asiáticos.
A grande pergunta no mercado é sobre a atuação do Banco Central. Será que a autoridade monetária entrará pesado para conter a pressão sobre o dólar? A expectativa é de que sim, tão logo acabe os jogo do Brasil.
Bolsa em queda
Se o dólar subiu, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) foi na direção oposta, puxada para baixo pelas ações de empresas siderúrgicas. Por volta das 10h55, o Ibovespa, índice que mede a lucratividade das ações mais negociadas no pregão paulistas, caía 0,72%, para os 72.237 pontos.
Um dos poucos pontos positivos do mercado acionário vinha das ações da BRF, que controla a Sadia e a Perdigão. As informações de que o novo presidente da companhia, Pedro Parente, daria início a um desmonte de tudo o que havia sido feito na empresa por Abílio Diniz, um de seus acionistas, animaram os investidores. Os papéis da BRF subiam 12% no meio da manhã.
Brasília, 11h10min