ROSANA HESSEL
A briga de egos já começou entre os integrantes da equipe de transição do novo governo por conta dos principais cargos da Esplanada dos Ministérios. As manobras internas envolvem até o posto de ministro da Fazenda, que, a depender do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, deve ficar com Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo.
A ambição é tamanha que tem gente na equipe do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) tentando puxar o tapete de Haddad e conversando com políticos da base aliada para tentar se cacifar para o cargo.
Os incomodados com tanto descaramento já emitiram sinais a Haddad de que há pessoas tentando miná-lo. Mas ninguém quer fazer alarde sobre o assunto para não dar margens a uma crise desnecessária neste momento. Também sabem que o momento não é favorável para se colecionar inimigos.
Semana que vem, depois da diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), antecipada para o dia 12, Lula deve anunciar os nomes que ocuparão o primeiro escalão da Esplanada. Até agora, o nome mais do que confirmado, por não ter rejeição das Forças Armadas, é o do ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro para o Ministério da Defesa. A conferir os demais.