ANTONIO TEMÓTEO
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou queda de 0,13% no primeiro trimestre. O resultado foi impulsionado pela retração de 0,74% somente no mês de março, conforme os dados da autoridade monetária. Os dados são levados em conta pelo Comitê de Política Monetária (Copom) para analisar o desempenho da geração de riquezas no país e cortar os juros.
O resultado passou a corroborar com a tese de que a recuperação da economia continuará em ritmo lento e gradual. Essa foi a primeira queda na comparação trimestral, desde outubro a dezembro de 2016. Na avaliação do economista-chefe par a América Latina do banco Goldman Sachs, Alberto Ramos, um mercado de trabalho mais fraco do que o esperado e incertezas políticas antes das eleições gerais de outubro de 2018 podem ter levado os agentes domésticos para a defensiva.
Apesar disso, ele espera que a que a economia permaneça em trajetória de crescimento moderado apoiada pela baixa inflação, pelas condições de crédito gradualmente menos rigorosas e exigentes, pela desalavancagem do balanço do setor doméstico e pela recuperação gradual do investimento privado, apoiada em parte pelo programa federal de privatizações e concessões públicas.