Rêgo Barros usa a história do “general” americano George Armstrong Custer, que, em 1876, foi massacrado com toda a sua tropa pelos índios, para fazer uma analogia com o governo de Jair Bolsonaro, que, por arrogância e despreparo, está empurrando o país para 200 mil mortes pelo novo coronavírus.
Custer, como Bolsonaro, foi um militar medíocre, que não confiava em seus auxiliares. Era vaidoso, obcecado, quase louco pela glória. Quando se viu encurralado numa batalha na qual só um cavalo sobreviveu, teve o pedido de reforço ignorado por um subordinado.
Fama fala mais alto
Para Rêgo Barros, a história de Custer é plena de ensinamentos “e deve ser considerada por aqueles que se encontram em posição de mando”. Para ele, pode-se depreender que “não se divide forças contra inimigos poderosos”.
Mais: “É impositivo planejar com segurança a hora do ataque, é preciso ouvir assessores experientes e ter cautela, mesmo que a ansiedade por fama fale mais alto”. O ex-porta-voz diz ainda que a história de Custer mostra que “há infiltrados que são mercenários e se vendem pelo melhor preço” — qualquer semelhança com o Centrão que se aliou a Bolsonaro não é mera coincidência.
Segundo o general, “os verdadeiros guias de uma nação chegam ao poder e passam para a história por terem conduzido e superado, com serenidade e determinação, as crises e as catástrofes. Portanto, acrescenta, “líderes que decidem de foram fidagal podem fenecer, levando consigo seus subordinados e deixando apenas um trôpego cavalo para contar história”.
E arremata: “A temida e poderosa tribo do coronavírus” deseja “arrancar o nosso escalpo e demonstrar que erramos, mais uma vez, ao escolhermos nosso líderes atuais”.
Brasília, 18h57min