É possível encher o tanque com gasolina a R$ 3,929 o litro

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Os brasilienses que estiverem dispostos a pesquisar poderão encher o tanque com gasolina abaixo de R$ 4. Alguns postos de Taguatinga e da EPTG estão ofertando o litro do combustíveis entre R$ 3,929 e R$ 3,999.

Será preciso, porém, muita paciência, pois as filas para abastecer estão grandes. A demora é de, no mínimo, meia hora. Mas vale muito a pena, sobretudo porque a maioria dos postos está cobrando entre R$ 4,059 e R$ 4,199.

Veja como a diferença no bolso é grande. Um tanque de 40 litros com a gasolina a R$, 3,929 sai por R$ 157,16. Já o mesmo tanque com o combustível a R$ 4,059 custa R$ 162,36. Se a gasolina estiver a R$ 4,199, o consumidor gastará R$ 167,96.

Para os especialistas, sempre compensa esperar um pouco na fila para abastecer o carro com gasolina mais barata. Não se pode esquecer que há famílias que gastam, pelo menos, três tanques de gasolina por mês, devido às distâncias que são obrigadas a percorrer.

Muitos pais vão levar os filhos na escola, depois, vão para o trabalho. Na hora do almoço, vão pegar os filhos no colégio, seguem para casa e, de lá, retornam ao trabalho. Os trajetos costumam ser longos. Portanto, a economia é muito bem-vinda, dizem os especialistas.

É o caso da servidora Cláudia Telles de Souza, 42 anos. Ela percorre mais de 100 quilômetros por dia. Há meses em que ela enche o tanque do carro todas as semanas. Isso, porque tem um veículo econômico.

“Não está fácil para ninguém aguentar essa gasolina tão cara. Os postos estão abusando muito. A fiscalização precisa ser mais forte. Mas só vejo ameaça por parte do governo e dos órgãos de defesa dos consumidores”, diz Cláudia.

No Ministério Público, é forte a suspeita de que o cartel dos postos voltou com tudo. Basta a Petrobras anunciar uma mudança no preço dos combustíveis nas refinarias, para os valores nas bombas dispararem. E, na maioria dos estabelecimentos, os preços são sempre os mesmos.

“Há indícios fortes de que voltou a haver combinação nos preços dos combustíveis”, afirmam um integrante do MP. Os postos negam a formação de cartel. Dizem que a concorrência está grande.

Brasília, 13h05min

Vicente Nunes