É forte o movimento para a instalação da CPI do BTG Pactual

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O Congresso está em recesso branco, mas há um movimento crescente de deputados para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ponha em votação, assim que os trabalhos recomeçarem, o recurso para a instalação da CPI do Banco BTG Pactual, de André Esteves, que foi preso no âmbito da Operação Lava-Jato. A CPI foi barrada por Waldir Maranhão.

Há suspeitas de irregularidades cometidas pelo BTG Pactual, que teria se beneficiado da grande proximidade com os governos petistas de Lula e de Dilma Rousseff para ampliar o patrimônio. O banco de Esteves teve negócios suspeitos com a Caixa Econômica Federal, de quem é sócio no Banco PAN (derivado do Panamericano, que quebrou), e com a Petrobras em operações na África.

O BTG Pactual também teria pago propina de R$ 45 milhões para Eduardo Cunha a fim de aprovar uma medida provisória que permitiria à instituição usar créditos fiscais de bancos em liquidação. O BTG é dono da massa falida do Bamerindus e vinha trabalhando para assumir o que restou do Banco Nacional.

O lobby a favor do BTG Pactual, porém, é grande. O banco prestou, ao longo dos últimos anos, muitos favores a políticos de alto calibre. A votação do recurso para a instalação da CPI será um grande teste para ver se Rodrigo Maia está ou não comprometido com a ética e se não deve favores ao banco de Esteves.

Brasília, 12h30min

Vicente Nunes