“Fiquei frustrada”, diz a secretária Andreia Marques, 38 anos. “Deixei para abastecer o carro neste domingo, confiando que não haveria mudança de preços. Ledo engano. Houve aumento de R$ 0,10 por litro. É muito”, ressalta. Como estava com o tanque do carro vazio, teve que abastecer mais caro. “Foi o que me restou”, acrescenta.
No posto próximo ao Shopping Flórida Mall, no Guará, também houve reajuste. O litro da gasolina passou de R$ 4,149 para R$ 4,199. Segundo um funcionário do estabelecimento, foi um ajuste para refazer parte da margem de lucro. “Não dá nem para perceber que houve aumento. A diferença foi mínima”, frisa.
Segundo os especialistas, não há razão para reajustes nos preços da gasolina neste momento, uma vez que o dólar está em queda e a cotação do petróleo no mercado internacional está comportada. Para eles, o movimento que se viu neste domingo foi decisão empresarial dos postos, pois conseguiram desovar os estoques que estavam encalhados.
O servidor público Sandro Albuquerque, 41, diz que é ilusão acreditar que os postos estão preocupados com os consumidores quando praticam preços abaixo de R$ 4. “Tudo tem interesse empresarial. Quando reduzem os preços, querem reduzir o encalhe de combustíveis. Quando aumentam, querem elevar as margens de lucro. É assim que o mundo funciona”, destaca.
Os consumidores, portanto, devem ficar atentos e pesquisar bastante. Sempre que encontrarem preços mais baixos, devem encher o tanque. Essa pesquisa é mais difícil no Plano Piloto, onde os postos resistem em reduzir o valor da gasolina nas bombas.
Brasília, 20h55min