HAMILTON FERRARI
Diante das incertezas em relação à aprovação da reforma da Previdência, o dólar se aproxima novamente de R$ 4. No começo da tarde desta quarta-feira (17/4) a moeda norte-americana subia 0,82%, superando os R$ 3,94. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), tombava 1,76%, aos 92.670 pontos.
O movimento de inquietação do mercado foi intensificado depois que os parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiaram a votação da reforma da Previdência para a próxima semana.
Parlamentares do centrão se mobilizaram para realizar alterações no texto e pressionaram o relator, delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), que admitiu que pode modificar alguns pontos do texto. Para o governo, o movimento é uma derrota, porque, além de a equipe econômica defender a celeridade na tramitação da reforma, possíveis mudanças devem desidratar o texto.
Antes, as modificações seriam feitas apenas na comissão especial, que é a próxima fase da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Câmara. “Alguns temas que verdadeiramente apresentam uma maior complexidade e exige uma análise desde que fui designado relator. Observamos também que foram apresentados 13 votos em separados. Fizemos um levantamento dos temas relevantes e estamos na busca de construir algo mostrando efetivamente a soberania deste Parlamento”, disse o relator da reforma.
Freitas deve se reunir com o secretário de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, e com algumas lideranças, para discutir a possível retirada de alguns trechos do relatório. Entre as principais demandas do centrão estão os “jabutis”, temas que são considerados alheios à reforma da Previdência.
Brasília, 13h55min