O nervosismo tomou conta do mercado financeiro na manhã desta quinta-feira (07/06). O dólar abriu as negociações cotado a R$ 3,90, com alta de 1,7%, e caminha célere em direção aos R$ 4. Muitos operadores já falam sobre a possibilidade de o Banco Central aumentar a taxa básica de juros na reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom).
Com o desempenho desta quinta, o real passou a ser a moeda que mais perdeu valor ante o dólar neste ano, posto que vinha sendo ocupado pelo rand sul-africano. O ataque às moedas dos países emergentes é tão forte, que o Banco Central da Turquia elevou, inesperadamente, a taxa de juros para 17,75% ao ano a fim de preservar a lira turca, que também registra forte baixa.
A expectativa é de que o Banco Central amplie a intervenção no câmbio para evitar o derretimento do real, que, além das incertezas no mercado externo, sofre com o quadro eleitoral, que mostra o deputado Jair Bolsonaro liderando todas as pesquisas de intenção de votos. Ele representa o atraso na visão dos investidores.
Todo o mercado está estressado. As taxas de juros estão em disparada, provocando perdas aos detentores de títulos públicos. Para minimizar os prejuízos, o Tesouro Nacional recomprará nesta quinta uma série de papéis. Também o BC fará leilões de títulos públicos que estão em sua carteira. A crise está se agravando.