O DJ Robson, como ele se apresenta em sua página no Facebook, se mostra mais forte do que nunca. Maneja, diretamente, um orçamento de R$ 40 milhões e um indireto, de R$ 400 milhões. Curiosamente, o DJ foi nomeado em um momento em que o Inmetro está com os cofres cheios, ao contrário de vários órgãos do governo. Conseguiu economizar R$ 49 milhões em despesas e faturou R$ 89 milhões.
Quem conhece Azevedo garante que muita da sua força política vem da proximidade com o emedebista Washington Reis, prefeito de Duque de Caxias. Não por acaso, o Inmetro doou um terreno que tinha na cidade para a prefeitura. A ligação do Inmetro com o MDB de Duque de Caxias vem de longe. O ex-presidente do órgão Luís Fernando Panelli César foi secretário de Fazenda e Planejamento do município.
O que chama a atenção é que, mesmo com tantas coisas estranhas ocorrendo no Inmetro, nada acontece no órgão. O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) não consegue dar as diretrizes do Inmetro, mesmo o órgão estão sob seu controle. O ex-ministro Marcos Pereira fracassou na tentativa de mudar o comando do Inmetro e o atual titular do Mdic, Marcos Jorge, está de mãos atadas.
Para os funcionários do Inmetro, o governo precisa agir rápido a fim de evitar o pior. Eles chamam a atenção para o projeto encabeçado por Azevedo com o objetivo de aumentar em 60% o número de funcionários terceirizados na área administrativa. Dizem que seria uma forma de acomodar cabos eleitorais do prefeito Washington Reis.
Brasília, 15h15min