POR ANTONIO TEMÓTEO
Em recursos encaminhado hoje a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), os diretores afastados do Postalis Christian Schneider e o diretor Luiz Alberto Barreto avaliaram que a intervenção decretada ontem pelo xerife dos fundos de pensão não observou os procedimentos adequados do segmento.
Conforme eles, as portarias foram publicadas sem qualquer explicação sobre os motivos que levaram à intervenção e nenhum motivo concreto foi apresentado que justificaram o afastamento de todos os dirigentes da entidade fechada de previdência complementar e a nomeação de um interventor.
Schneider e Barreto ainda destacaram que a intervenção foi tomada na contramão de todos os entendimentos mantidos entre a diretoria do Postalis e a Previc, que, segundo eles, se reuniram em diversas oportunidades para esclarecer as medidas tomadas para recuperar as contas do fundo de pensão.
Eles classificaram o afastamento e a indisponibilidade de bens como medidas de extrema gravidade e rigorosidade. Os dirigentes afastados ainda classificaram a decisão da diretoria Previc inadequada. Eles detalharam que não foram notificados sobre possíveis problemas na gestão da entidade fechada de previdência complementar, sequer nomeou equipe de supervisão permanente para acompanhar possíveis problemas identificados ou nomeou um diretor fiscal para acompanhar as contas da fundação.
Conforme ele, o ato administrativo foi tomado sem provas concretas e é uma ofensa ao direito de defesa e contraditório. Os dois requerem total provimento do recurso e que a intervenção seja anulada. Barreto e Schneider também cogitam a possiblidade de recorrer à Justiça caso o recurso seja indeferido.