A busca por um nome do mercado para substituir Rubem Novaes, que renunciou à presidência do Banco do Brasil na última sexta-feira (24/07), Guedes já tem o aval do presidente Jair Bolsonaro, com quem se reuniu nesta segunda-feira (27/07). A meta é resolver o imbróglio no BB o mais rapidamente possível.
Já deixaram a equipe de Guedes Mansueto Almeida, que comandava o Tesouro Nacional; Rubem Novaes, do BB; e Caio Megale, assessor especial do Ministério da Economia. Ele ficará na função somente neste semana. Voltará ao setor privado.
Desafios do novo presidente do BB
Quem assumir o comando do Banco do Brasil terá, no entanto, que tocar uma série de demandas do governo, entre elas, ampliar a oferta de crédito. No Palácio do Planalto, é grande o inconformismo em relação à gestão de Novaes, que não teria entendido a missão do BB em meio à mais brutal recessão de história do país.
Novaes foi cobrado, várias vezes, para incrementar a liberação de empréstimos e financiamentos, mas não conseguiu atender aos apelos, até porque, na visão de integrantes do Planalto, nunca foi um grande executivo. Na verdade, é um bom assessor, função que, agora, passará a exercer, como acertado com Guedes.
Resta saber se o convidado por Guedes está disposto a lidar com a cobrança vinda do governo e a comparação com o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães — que negou ter interesse em ir para o BB —, e, ao mesmo tempo, atender os acionistas privados, uma vez que o Banco do Brasil tem ações negociadas em Bolsa de Valores e deve apresentar bons resultados.
Por isso, não se descarta a possibilidade de, diante de negativas de agentes do mercado, Guedes recorrer a uma saída caseira. Nesse caso, os principais cotados são os vices-presidentes Carlos Hamilton (Gestão Financeira e Relações com Investidores), Walter Malieni (Negócios de Atacado), Carlos Motta (Varejo) e Mauro Ribeiro Neto (Corporativo).
Brasília 16h01min