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Banco do Brasil Foto: Edson Gês/CB/D.A Press Banco do Brasil

Desmonte do Banco do Brasil começou com Rubem Novaes

Publicado em Economia

Apesar de todas as promessas do presidente Jair Bolsonaro de que o Banco do Brasil não será privatizado em seu governo, há um processo claro dentro da instituição para facilitar a transferência de seu controle à iniciativa privada.

 

Quem acompanha o dia a dia do Banco do Brasil diz que seu desmonte com o intuito de privatizá-lo começou com Rubem Novaes, que deixou a presidência da instituição no inicio do segundo semestre de 2020.

 

Novaes, por sinal, nunca escondeu a sua obsessão pela privatização do BB. Fez questão de tornar explícito o seu desejo — ou missão — em todas as oportunidades que teve. Não à toa, foi rejeitado pelos funcionários do banco.

 

Quando André Brandão tomou posse como presidente do Banco do Brasil, muitos acreditaram que os tempos sombrios com Rubem Novaes tinham ficado para trás. Contudo, não é o que se vê.

 

Sucateamento continua

 

Para os funcionários do BB, seu sucateamento continua em andamento, a ponto de várias agências terem suspendido o atendimento presencial nos caixas de várias agências por falta de pessoal.

 

“É inadmissível que uma instituição com o histórico do Banco do Brasil, que sempre se preocupou com sua imagem junto ao público, esteja tão desleixada. A percepção é a de que estão fazendo tudo de propósito”, afirma um funcionário do BB.

 

Pode-se dizer, segundo o mesmo funcionário, que o Banco do Brasil se transformou em uma “caixa-preta”, em que ninguém dá satisfação e a transparência foi riscada do dicionário.

 

“Tem muita coisa estranha acontecendo dentro do BB. E coisa boa não é”, reforça outro empregado do banco. Pior para a população, que perde duas vezes, por meio do atendimento ruim e se for obrigada a socorrer novamente o banco por meio do Tesouro Nacional.

 

Quando convidou André Brandão para a presidência do Banco do Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que precisava de um bom gestor, depois do desastre da administração de Rubem Novaes. Até agora, porém, Brandão não disse a que veio. Tudo continua como nos tempos de Novaes.

 

Brasília, 19h01min