A queda no desemprego no Distrito Federal foi puxada, sobretudo, pelo comércio, que, aos poucos, está voltando a criar vagas. A melhora do mercado de trabalho, contudo, está sendo lenta, devido aos efeitos da mais grave recessão da história, na qual o país mergulhou no fim de 2014.
Em três estados, o desemprego aumentou. A maior taxa de crescimento foi em Pernambuco, onde o índice de desocupação saltou de 17,1% para 18,8%, o nível mais elevado do país. Em Alagoas, a taxa passou de 17,5% para 17,8%. E, no Rio de Janeiro, de 14,5% para 15,6%.
Das cinco regiões do Brasil, houve, na média, recuo do desemprego. Mas a situação continua preocupante no Nordeste, onde o índice de desocupação está em 15,8% (era de 16,3% no primeiro trimestre). No Centro Oeste, a taxa baixou de 12% para 10,5%. No Norte, de 14,2% para 13,6%. No Sudeste, de 14,2% para 13,6%. O Sul continua com o menor desemprego, com o índice cedendo de 9,3% para 8,4%.
Segundo os especialistas, ainda não há muito o que comemorar, pois os dados do IBGE levam em conta a informalidade. Ou seja, mesmo sem carteira assinada, o trabalhador que estiver com alguma atividade entra no cálculo, criando uma falsa sensação de melhora.
Eles chamam ainda a atenção para o que o IBGE define como subutilização da força de trabalho, que passou de 24,1%, no 1º trimestre do ano, para 23,8% no 2º. O maior índice está no Nordeste, onde 34,9% dos trabalhadores estão sem trabalho ou ganham menos do que necessitam. Piauí (38,6%), Bahia (37,9%) e Maranhão (37,7%) são as unidades da Federação com as maiores taxas de subutilização da força de trabalho.
Brasília, 10h01min