Descontentamento no STF é grande com barreira imposta pelo governo para reajuste

Publicado em Economia

Está cada vez maior o descontentamento no Supremo Tribunal Federal (STF) com as barreiras impostas pelo governo para travar o reajuste de salário aos ministros. O projeto, que depende do aval do Congresso, está parado a pedido do Planalto, que teme um efeito cascata.

 

O aumento aos ministros implica elevação do teto do funcionalismo, que se espalha por estados e municípios. Um baque para as finanças das três esferas de governo.

 

Pelo projeto que está no Congresso, se aprovada a correção de 16,38%, os salários do ministros do STF vão pular de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil, com impacto anual para os cofres públicos de R$ 710 milhões.

 

No que depender do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o reajuste para os ministros não sairá neste ano. Mas a pressão vai aumentar logo depois da votação do impeachment definitivo de Dilma Rousseff pelo Senado. O processo, por sinal, será comandado pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski.

 

No STF, pegou muito mal a onda de aumentos que o governo deu nos últimos dias, sobretudo os 37% concedidos a delegados da Polícia Federal, que vinham chantageando o presidente interino, Michel Temer, com uma possível greve durante as Olimpíadas do Rio, que começam na semana que vem.

 

Brasília, 17h30min