O deputado Coronel Armando (PSL-SC), ex-vice-líder do governo, ataca os atletas, afirmando que estão sendo manipulados por Tite, e reforça a ideia de que se trata de um movimento político. Para ele e os demais bolsonaristas, é incoerente os jogadores se recusarem a atuar na Copa América, mas manter o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil e os jogos das Eliminatórias da Copa do Catar no país.
“É um desgaste que, daqui a pouco, passa. Mas esses caras vão ficar marcados”, diz Armando. Para o parlamentar, se não quiserem jogar, que se troque o técnico e se convoque outros jogadores. O Brasil tem talentos de sobra para substituí-los.
O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) classifica o movimento de protesto dos jogadores contra a Copa América como “antipatriotismo e irresponsabilidade”. “Deixa a imagem do Brasil muito ruim. Imagem de que não há unidade e que há desrespeito à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e à Presidência da República. É uma jogada política: querem menosprezar o presidente Bolsonaro”, afirma.
Antipatriotismo
Bibo carrega nas críticas ao técnico da Seleção. “Quem quer desgaste para o governo está vibrando com isso. Mas o Tite é o grande culpado. Eu não quero jogando pelo Brasil jogadores que não são patriotas. É uma vergonha. O Tite é um esquerdista, mas tem que saber respeitar”, acusa, defendendo que Renato Gaúcho, ex-treinador do Grêmio e que já manifestou simpatia a Bolsonaro, assuma a Seleção.
Fiel defensora do presidente, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) nega que haja desgaste. “Quem está com Bolsonaro está com ele, independentemente de qualquer coisa. Bolsonaro não sofre (com a decisão dos jogadores), quem sofre é o Brasil”, assegura. Segundo ela, “os bolsonaristas estão reagindo a uma ação do Tite, das pessoas que são contra a Copa América, porque é incoerente (devido às outras competições futebolísticas realizadas no Brasil)”.
Zambelli salienta: “É bom para a economia, para os brasileiros, para o otimismo. Aí, vem o pessoal, politiza isso e diz que não pode fazer a Copa América aqui. Se isso não é politização, porque não cancelaram os outros campeonatos? A ação partiu deles de politizar, e a gente está reagindo”.
Brasília,