A deputada Bia Kicis, do PSL do Distrito Federal, diz que o Brasil não é um país racista. Para ela, esse discurso de racismo é uma narrativa de esquerda com o objetivo de dividir a população. “Não temos índole racista, isso não faz parte da nação brasileira”, afirma ela em entrevista ao programa CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense com a Tevê Brasília.
Na avaliação da deputada, todas as estatísticas que tratam da discriminação racial no país “são manipuladas”. Isso vale, segundo ela, para os levantamentos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um órgão governamental, respeitado em todo o mundo.
O IBGE tem divulgado vários estudos mostrando que os jovens negros são as principais vítimas da violência e que trabalhadores negros ganham muito menos do que os brancos, mesmo exercendo as mesmas funções. Aponta ainda que as mulheres negras lideram o ranking do desempregados.
“Essas pesquisas não são confiáveis”, diz a deputada. Ela afirma que, quando foi procuradora, acompanhou algumas pesquisas que indicavam muitas informações não confiáveis, distorcendo a realidade e dando argumentos para a retórica dos partidos de esquerda.
Bia Kicis ressalta ainda o problema no Brasil não é racial, mas social. “Uma pessoa branca, de olho azul, nascida na favela terá as mesmas dificuldades enfrentadas pelas pessoas de cor”, ressalta. Esse, inclusive, é um dos motivos de ela ser contra a política de cotas raciais.
Artistas
A deputada não economiza nas polêmicas. Ela afirma ser inaceitável dizer que esteja havendo um desmonte da cultura brasileira no governo de Jair Bolsonaro, como alardeiam os artistas, diante das nomeações de pessoas para órgãos como a Ancine e a Funarte sem qualquer conhecimento na área.
“A cultura foi desmontada há muito tempo. O desmonte foi feito nos governos anteriores”, assinala. Na avaliação dela, os filmes brasileiros são todos de ideologia de esquerda, não representam o pensamento da maioria da população.
Bia Kicis é enfática: “A cultura brasileira virou lixo. Sou da época em que havia boas peças de teatro, rodas de leitura. Hoje, eu quase não consigo ver uma peça de teatro, tudo é muito fraquinho. Só se fala palavrão, só se fala besteira”.
Brasília, 17h21min