A banca organizadora, o Centro de Seleção e Produção de Eventos (Cebraspe), afirmou que o intuito das exigências de diplomas de pós-graduação era o de atender a uma gama maior de candidatos. No entanto, servidores da instituição afirmaram que o objetivo era favorecer empregados admitidos sob regime de contratação temporária.
Os requisitos para assumir o cargo de técnico nível 1, por exemplo, eram de graduação de nível superior ou, se o diploma for de outra área de atuação, uma pós-graduação strictu sensu em antropologia. No entanto, a lei prevê apenas o diploma de ensino superior para esse tipo de cargo, não podendo ser exigida a pós-graduação.
Entre as mudanças que constam no edital, estão os requisitos para o preenchimento das vagas. Áreas que antes exigiam graduação específica, como Comunicação Social, Jornalismo ou Relações Públicas, agora pedem nível superior em qualquer área e as áreas de analista tem como requisito graduação em qualquer especialidade. As inscrições começaram no dia 18/3 e vão até o dia 9 de julho.
De acordo com dados obtidos com exclusividade pelo Correio, o Iphan tinha, em 2017, aproximadamente 147 funcionários temporários, cujo vínculo de trabalho será extinto em 2019. Desses, 77 possuem mestrado, 10 doutorado e 11 têm, além da graduação, o diploma de especialização. Dessa forma, 98 cargos temporários que se encaixariam nos requisitos do antigo edital.
Brasília, 19h50min