DENTRO DO GOVERNO, HÁ RELATÓRIOS MOSTRANDO QUE, SEM IMPEACHMENT DE DILMA, PAÍS MERGULHARÁ NA DEPRESSÃO

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É muito comum dentro do governo fazer projeções para a economia. Técnicos são obrigados a, constantemente, elaborar cenários de forma que possam traçar diagnósticos mais claros do que está acontecendo com a atividade e, sempre que possível, preparar medidas que revertam os problemas.

 

Num dos cenários preparados, os técnicos destacam os efeitos na economia da permanência de Dilma Rousseff no poder até o fim de 2018. A constatação é dramática. O risco de o país mergulhar na depressão é altíssimo, com queda do Produto Interno Bruto (PIB) por pelo menos três anos seguidos.

 

Na avaliação dos técnicos, que também traçam cenários menos catastróficos, a recusa do impeachment poderá promover uma forte contração financeira, sobretudo se Dilma optar pelo populismo. O quadro prevê disparada do dólar, que puxará a inflação para cima, aumento dos juros e restrição sem precedentes do crédito, além de queda na bolsa de valores.

 

Não por acaso, o sinal de alerta foi ligado. Na visão dos técnicos, se derrubar o impeachment, Dilma terá que promover uma rápida e profunda guinada da economia, anunciando um ajuste fiscal consistente, para tentar resgatar a confiança. Se não fizer isso, empurrará o país para o pior dos mundos.

 

Um quadro semelhante, mas bem menos profundo, pode ser observado entre agosto e setembro de 2015, quando o governo enviou para o Congresso um projeto orçamentário prevendo deficit de R$ 30,5 bilhões nas contas públicas. Ali, ficou claro que o compromisso do governo com o ajuste fiscal era uma farsa. Tanto que, meses depois, Joaquim Levy deixou o Ministério da Fazenda. O dólar encostou nos R$ 4,25, a bolsa derreteu, o crédito sumiu e o Brasil perdeu o grau de investimentos pela três principais agências de classificação de risco do planeta.

 

Brasília, 15h40min