Dia desses, em visita ao Ministério da Fazenda, o governador de Goiás, Marconi Perillo, perguntou ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre a possível candidatura dele à Presidência da República. Meirelles levou um susto. Só conseguiu responder: “Deixe disso, Perillo!”.
Todos, na Fazenda e no governo, sabem que o sonho de Meirelles é chegar ao comando do país. Mas a carreira política dele, que começou muito bem ao ser eleito pelo PSDB, em 2002, o deputado federal mais votado da história de Goiás, só colheu frustração nos últimos tempos.
Ele tentou ser candidato a governador de Goiás pelo PMDB em 2010, mas foi esnobado pelo partido. No mesmo ano, trabalhou pesado para ser candidato a vice de Dilma Rousseff, mas ela o repeliu veementemente. Frustrado, retornou para o setor privado depois de ser o presidente mais longevo do Banco Central.
Agora, de volta ao governo e sentado na cadeira mais importante da Esplanada dos Ministérios, Meirelles resgatou com tudo o desejo adormecido. Tanto que se tornou um ponto de atrito entre Temer e o PSDB, partido que reivindica total apoio do presidente interino para fazer o sucessor dele.
Brasília, 14h10min