De centavo em centavo, gasolina fica mais barata: litro a R$ 4,25

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HAMILTON FERRARI

Enquanto o governo e a Petrobras discutem a nova política de preços dos combustíveis, os postos vão reduzindo, de centavo em centavo, a valor da gasolina nas bombas. Nesta sexta-feira (15/06), há estabelecimentos em Águas Claras e em Taguatinga vendendo o litro da gasolina por até R$ 4,259. O preço anterior era de R$ 4,299.

Gerentes de postos dizem que a queda de preços tem a ver com a nova postura da Petrobras, que, deliberadamente, não vem mexendo tanto nos valores dos combustíveis desde a demissão de Pedro Parente da estatal. O novo presidente da petroleira, Ivan Monteiro, está mais alinhado com o pensamento do Palácio do Planalto.

Também no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), o preço da gasolina caiu pelo segundo dia seguido, agora, para R$ 4,579 o litro. Segundo Renan Silva, 30 anos, motorista de uma empresa de aplicativos, o quadro está mais favorável aos consumidores, depois dos abusos percebidos durante a greve dos caminhoneiros, quanto faltou combustíveis nos postos.

“Tenho rodado com maior tranquilidade, pois o preço da gasolina está caindo gradualmente. Durante a paralisação dos caminhoneiros, fique cinco dias sem rodar. Tive um prejuízo enorme, mas não aceitei pagar tão caro pela gasolina. Só teria prejuízos de botasse o carro para rodas naquelas condições”, afirma.

Os especialistas aprovaram a postura de Renan. Para eles, os consumidores devem sempre priorizar encher o tanque onde a gasolina está mais barata. Não há porque pagar tão caro pelo combustível, pois isso só favorece os donos de postos, que aumentam suas margens de lucro.

Os preços dos combustíveis acompanham a cotação do petróleo no mercado internacional e a variação do dólar. A boa notícia é que, numa combinação com a Rússia, a Arábia Saudita, a maior produtora mundial, indicou que pode aumentar a oferta de petróleo. Isso significará oferta de pelo menos mais 1,5 milhão de barris diários. Os mercados, por sinal, comemorou. Os preços do petróleo podem cair.

Brasília, 11h15min

Vicente Nunes