Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press
Quem tiver baixado no celular os APPs de várias redes, pode obter preços ainda menores. Nos postos Ipiranga de Águas Claras, por exemplo, o valor normal, de R$ 4,399 cai para R$ 4,179. É um economia e tanto, dizem os especialistas, sobretudo para os motoristas que estão com o tanque do carro vazio.
Segundo gerentes de postos, a redução dos preços da gasolina neste domingo foi possível porque vários estabelecimentos foram abastecidos com o combustível mais barato. “Somente agora os postos estão recebendo estoques com a redução de 3% nos preços nas refinarias feita pela Petrobras”, explica um gerente.
Ninguém arrisca, porém, dizer até quando esses preços mais baixos vão durar. “Estamos vivendo um momento muito instável no mercado”, ressalta outro gerente. “O que posso dizer é que muita gente aproveitou os últimos dias para recompor as margens de lucros ao não repassar para os motoristas a redução de preços feita pela Petrobras”, acrescenta.
Movimento inverso
Na verdade, além de não repassarem para as bombas a queda de 3% dos preços dos combustíveis, os postos aumentaram os valores cobrados dos consumidores. Esse movimento, por sinal, incomodou o governo e foi captado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), que divulgará nesta segunda-feira (20/01) a média semanal de preços praticados em todo o país.
Técnicos da ANP dizem que o aumento dos preços dos combustíveis foi quase que disseminado por todo o Brasil. Em quase nenhum lugar houve o repasse da redução de preços feita pela Petrobras. A semana também foi marcada pela disparada dos preços do etanol, que, segundo a ANP, atingiu o valor mais alto desde 2001.
Pelos cálculos da ANP, em 20 estados e no Distrito Federal, não compensa para os consumidores trocarem a gasolina pelo álcool. Essa substituição só vale quando o preço do etanol nas bombas corresponde a, no máximo, 70% do valor da gasolina.
Brasília, 15h19min