Consumidor enfrenta filas por gasolina a R$ 3,729 o litro

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Os consumidores do Distrito Federal estão sofrendo com os abusos praticados pelos postos de combustíveis. O Procon constatou que o cartel que sempre dominou o setor na capital do país voltou com tudo e que os estabelecimentos aproveitaram o aumento de impostos (PIS e Cofins) para ampliar as margens de lucros.

Diante dessa combinação dos preços, os motoristas são obrigados a enfrentar longas filas quando encontram a gasolina com preços um pouco abaixo da media do mercado. Em Taguatinga, é possível encher o tanque por R$ 3,729. No geral, os preços vêm oscilando entre R$ 3,90 e R$ 3,99

Fotos: Jorge Marques/ Especial para o DA/Press

Para os consumidores, é um absurdo o que está acontecendo nos postos de combustíveis do Distrito Federal. “É um escândalo. Estou na fila para encher o tanque por R$ 3,279 o litro como se isso fosse barato. Não é. As autoridades precisam agir”, diz a servidora Dione dos Santos, 41 anos.

O Ministério Público já avisou que está de olho e abriu um anova investigação contra os postos. O Governo do Distrito Federal assegura que não permitirá que os donos de postos continuem lucrando além da conta punindo os consumidores com preços altos.

Na sexta-feira, 1º de setembro, a Petrobras reajustou em mais 4,2% o preço da gasolina nas refinarias. A estatal está ajustando o valor dos combustíveis quase que diariamente, acompanhando os movimentos do mercado internacional. A empresa alega que essa política garante um fluxo de caixa mais próximo da realidade.

Os consumidores, porém, sofrem. Já não conseguem mais entender o que está realmente acontecendo nos postos. “Estamos perdidos. Um dia, os preços caem; em outro, aumentam. O jeito, nessa confusão toda, é correr atrás de promoções. Mas cansa”, ressalta a comerciária Maria Carolina Diniz, 33.

Espera-se que, em uma nova investida, o Ministério Público, o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) e a Polícia Federal consigam conter o ímpeto dos postos. Pelos cálculos do Procon do Distrito Federal, em julho, quando o governo federal aumentou o PIS e a Cofins, de 43 postos, 32 elevaram as margens de lucro.

Brasília,

Vicente Nunes