Com pandemia, cerveja em lata deixou de ser vista como “coisa de pobre”

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As cervejarias e as fabricantes de latas de alumínio constataram uma grande mudança no perfil dos consumidores durante a pandemia. Entre os consumidores, caiu a percepção de que o consumo de cerveja em lata era “coisa de pobre”, uma visão totalmente preconceituosa.

Dados da indústria mostram que, antes da pandemia, 55% do consumo de cerveja eram em lata. Agora, são 80%. Além de, felizmente, o preconceito ter diminuído muito, os consumidores perceberam que o gosto da cerveja em lata é o mesmo da de vidro e viram que o transporte e o acondicionamento das latas são mais fáceis.

Essas facilidades de transporte e armazenamento, por sinal, foram muito reforçadas durante a pandemia, porque as pessoas passaram a ficar mais em casa. O fácil manuseio das latinhas fez a diferença.

Outros pontos relevantes para a mudança de percepção em relação à cerveja em lata: os jovens, por se preocuparem mais com o meio ambiente, dão mais valor a embalagens recicláveis — 97% das latinhas voltam para as fábricas — e diversificou-se muito o tamanho das embalagens em lata, são 13 os tamanhos.

O Brasil produz mais de 30 bilhões de latas de cerveja e refrigerantes por ano. O consumo no país é de 146 latas per capita. Há 30 anos, havia apenas uma fabricante de embalagens em lata aqui. Hoje, são cinco, com 24 fábricas. Os investimentos anuais no setor passam de R$ 1 bilhão.

Brasília, 18h39min

Vicente Nunes