COM MEIRELLES NA FAZENDA, MÁRIO MESQUITA FICA MAIS PRÓXIMO DO BC

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Com Henrique Meirelles praticamente confirmado para o Ministério da Fazenda de um eventual governo de Michel Temer, o nome mais forte para a presidência do Banco Central é o de Mário Mesquita, que foi diretor da instituição e hoje é sócio do Banco Brasil Plural.

Mesquita é considerado um dos economistas mais bem preparados do país, apontado como linha-dura no combate à inflação. No entender dos analistas, se ele vier a substituir Alexandre Tombini no BC, não acelerá o passo para cortar a taxa básica de juros (Selic), que está em 14,25% ao ano. A redução será gradual, para que a inflação convirja para o centro da meta, de 4,5%, o mais rapidamente possível.

Estão ainda na lista de cotados para o BC o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, e Amaury Bier, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e muito próximo de Armínio Fraga, com que trabalha na Gávea Investimentos.

Nao se pode esquecer, porém, que Meirelles também é muito próximo de Carlos Hamilton Araújo, que sucedeu Mesquita da diretoria de Política Econômica do BC. Quando deixou o banco, Hamilton foi convidado por Meirelles para trabalhar com ele no Grupo JBS. Hamilton responde por uma das diretorias da fábrica de celulose Eldorado.

Hoje, o BC dá início a mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A tendência é de a diretoria do banco votar por unanimidade pela manutenção da Selic em 14,25%.

Brasília, 12h18min

Vicente Nunes