É pouco, mas segundo os especialistas, faz a diferença. Não se pode esquecer que, por conta da inflação alta, sobretudo no governo de Dilma Rousseff, os trabalhadores viram os depósitos no FGTS serem corroídos. A virada começou em 2017, quando houve ganho real de 0,55%, o primeiro em 10 anos. É importante lembrar que essa remuneração vai aumentar em agosto, quando o fundo repartir seus lucros com os cotistas.
Por lei, o rendimento do FGTS é de 3% ao ano mais a variação da Taxa Referencial de Juros (TR). Caso a inflação realmente feche 2018 abaixo de 3%, o fundo de garantia terá ganho real pelo segundo ano consecutivo. Ao menos, se estará preservando o patrimônio dos trabalhadores, que vinha derretendo.
Boa notícia
Nesta quarta-feira (11/04) o Senado aprovou em caráter terminativo, na Comissão de Assuntos Sociais, a possibilidade de os trabalhadores que pedirem demissão sacarem os recursos depositados no FGTS. O projeto, caso não haja contestação exigindo a votação em plenário, seguirá para a Câmara.
Segundo o senador Paulo Paim (PT-RS), relator da matéria na Comissão de Assuntos Sociais, com tal decisão, se está mais próximo da “correção de uma distorção histórica” na legislação do FGTS, que restringe o acesso do trabalhador a seu patrimônio.
E mais: a Comissão Mista que analisa a Medida Provisória 813, que liberou os saques de recursos do PIS e do Pasep para pessoas com mais de 60 anos, aprovou parecer do senador Lasier Martins (PSD-RS) permitindo regaste dos recursos por todos os cotistas, independentemente da idade. O potencial de liberação chega a R$ 33 bilhões. A MP vai, agora, para votação em plenário da Câmara e, depois, do Senado.
Brasília, 19h25min