Com greve, postos fazem promoção e gasolina cai para R$ 3,29

Publicado em Economia

Com os transportes públicos praticamente parados por causa da greve geral, o número de carros particulares nas ruas aumentou consideravelmente. De olho nessa potencial clientela, os postos de gasolina intensificaram as promoções para tentar desovar os estoques de combustíveis encalhados. Em várias regiões do Distrito Federal, o litro da gasolina está sendo vendido por até R$ 3,29 se pago em dinheiro ou em débito.

 

As filas nos postos com promoção estão grandes. Mas isso não desanima o comerciante Carlos Menezes, 49 anos. “Com o litro da gasolina a R$ 3,29, vale muito a pena esperar na fila. A economia é grande, sobretudo quando o tanque está vazio, como é o meu caso”, diz. “Inclusive, assim que vi a placa com a promoção, avisei para alguns amigos. Não dá para perder a oportunidade”, ressalta.

 

Nos postos em que a gasolina está sendo vendida a R$ 3,29 quando paga em dinheiro ou por meio de débito, é possível encher o tanque do carro por R$ 3,39 no cartão de crédito. Há estabelecimentos em que não há diferenciação de preços, e, à vista ou no cartão, o litro da gasolina está saindo por R$ 3,39. Também é possível encontrar o combustível a R$ 3,35 à vista e a R$ 3,45 no cartão.

 

“A concorrência entre os postos aumentou muito, o que é ótimo para nós, consumidores”, destaca a servidora pública Aline Caetano, 37. Ela saiu cedo de casa para não ter problemas com a greve e, quando viu a oferta da gasolina a R$ 3,29, não perdeu a oportunidade. “Tinha meio tanque, mas decidi completar logo porque passarei o fim de semana tranquila e com combustível mais barato”, acrescenta.

 

Muitos consumidores desconfiam desses valores mais baixos. Mas os especialistas asseguram que a qualidade dos combustíveis é boa, pois tem havido muita fiscalização por parte da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em Brasília, particularmente, os postos se preocupam com possíveis ações da Polícia Federal e do Ministério Público, que desbarataram um cartel de preços.

 

Os postos combinavam os valores nas bombas para punir os consumidores. Estima-se que, antes da Operação Dubai, os postos cobravam, em média, 20% a mais pela gasolina, o que resultava em um faturamento extra de R$ 1 bilhão por ano.

 

Brasília, 10h05min