O preço da gasolina comum passou de R$ 4,24 para R$ 4,69 (alta de 10,6%) e o litro da aditivada, de R$ 4,27 para R$ 4,79 (reajuste de 12,2%). Os donos de postos estão esperando que os motoristas corram para encher o tanque temendo falta de produtos. No Rio de Janeiro, vários estabelecimentos já estão sem combustíveis, criando uma série de problemas na cidade.
A ameaça de escassez de combustíveis aumentou a tensão no governo, que tenta convencer os caminhoneiros a suspenderem os protestos a fim de evitar o desabastecimento. Não são só os preços dos combustíveis que estão em alta. Também alimentos ficaram mais caro.
Os caminhoneiros não se contentam com a decisão do governo de zerar a Cide, imposto que incide sobre os combustíveis. Querem mais, sobretudo que os preços do diesel e da gasolina sejam congelados por pelo menos três meses. A Petrobras não aceita essa condição. Há riscos, inclusive, de o presidente da estatal, Pedro Parente, renunciar ao cargo se houver intervenção do governo na política de preços dos combustíveis.
O desgaste do governo junto à população é visível. As críticas ao que os consumidores chamam de falta de controle do mercado são muitas. O tema combustíveis está dominando todas as rodas de conversas. Muitos já apostam quando o litro da gasolina chegará aos R$ 5. Por causa da alta dos combustíveis, a inflação de junho tenderá a ser a maior do ano, podendo chegar a 0,7%.
Brasília, 15h35min