Com Centrão mais próximo de Alckmin, Petrobras sobe R$ 5,8 bi em menos de meia hora

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O mercado financeiro reagiu com euforia diante da possibilidade de o Centrão fechar com a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. Em menos de meia hora, as ações da Petrobras se valorizaram R$ 5,8 bilhões, indicando que os investidores estão deixando o pessimismo de lado e começam a ver a possibilidade de o tucano chegar ao segundo turno das eleições com chance de vitória.

Com Alckmin no Palácio do Planalto, os donos do dinheiro acreditam que o governo não vai interferir na gestão das estatais. Muito pelo contrário, haverá a profissionalização das empresas consideradas estratégicas e privatização daquelas que dão prejuízos. A tendência é de que, confirmado o acordo entre o tucano e Alckmin, as ações da Petrobras, do Banco do Brasil e da Eletrobras, que está para ser vendida, disparem.

Em cerca de 20 minutos, as ações preferencias (PN) da Petrobras subiram 3,1%, de R$ 17,90 para R$ 18,45. As ordinárias, por sua vez, passaram 1,80%, de R$ 20,52 para R$ 20,89. “Em questão de segundos, houve uma corrida enorme em busca de papéis da Petrobras”, disse um operador. “Um bom prenúncio para a Bolsa”, afirmou.

Diante da arrancada da Petrobras, o Ibovespa, índice que mede a lucratividade das ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), que já vinha se recuperando por causa das declarações de Donald Trump, inverteu o passou a subir, fechando o dia com ligeira alta de 0,16%. O dólar também reagiu bem tanto em relação às declarações de Trump, de que não está contante com a alta de juros nos Estados Unidos, quanto ao quase acerto entre o Centrão e Alckmin.

O maior temor dos investidores era de que o Centrão, que engloba PR, DEM, PP, PRB e Solidariedade, fechasse com Ciro Gomes (PDT), que tem um discurso bem distante do que o mercado quer ouvir. Com  tempo de tevê desses partidos, Ciro ficaria muito forte, com grande chance de sair vitorioso das urnas.

Vicente Nunes