PlanosdeSaude Foto: Gustavo Moreno/CB/D.A Press

CNSaúde diz ser contra reajustes de planos de saúde e que entende indignação da sociedade

Publicado em Economia

Diante das críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que, em uma rede social, classificou como vergonho o reajuste de 25% dos planos de saúde, a Confederação Nacional da Saúde (CNSaúde) disse, em nota, que “compreende a indignação de parlamentares e da sociedade em geral por conta de elevados aumentos de planos de saúde em plena pandemia”.

 

Segundo a CNSaúde, que representa milhares de hospitais, laboratórios e clínicas em todo o Brasil, não há razões para aumento nas mensalidades do planos neste momento, pois “dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) comprovam que os gastos com internação e exames despencaram e os lucros das operadoras de planos de saúde aumentaram
consideravelmente”.

 

A declaração irada de Maia contra os planos de saúde teve como base um estudo feito pela CNSaúde sobre a reforma tributária. No entender da entidade, se a proposta do governo de criação da Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) com alíquota 12% for aprovada, todos os serviços da área de saúde ficarão mais caros, inclusive os convênios médicos.

 

Na mesma nota, a CNSaúde reforça que “é a favor da reforma tributária, pois ela moderniza e simplifica a vida do contribuinte, gerando importantes ganhos de produtividade para a economia nacional”. Mas, “como forma de contribuir para o debate que vem ocorrendo de forma extremamente democrática no Congresso Nacional, realizou estudo econômico com base na proposta do governo federal de alíquota única de 12% e deu toda a transparência a esses dados.

 

No mesmo documento, a CNSaúde afirma que não defende qualquer benefício ao setor de saúde, mas, sim, a manutenção da atual carga tributária. “Não temos dúvida em alertar que o
aumento da carga, na contramão do que faz a maior parte dos países em relação à saúde, levará ao aumento dos preços de produtos e serviços médicos e, também, ao fechamento de empresas e empregos, sobrecarregando dessa forma o SUS”.

 

Brasília, 18h01min