CNC: Flexibilização da quarentena em junho reduz perdas em R$ 9,1 bi

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ROSANA HESSEL

A flexibilização da quarentena durante o mês de junho ajudou a reduzir as perdas do comércio em R$ 9,14 bilhões, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Nos 19 primeiros dias de junho, as perdas do varejo devido ao impacto da pandemia na economia somaram R$ 33,69 bilhões. “Não fosse a flexibilização da quarentena, ou seja, mantido o ritmo mais lento de queda no índice de isolamento social, tal perda atingiria R$ 42,83 bilhões, ou seja, a flexibilização da quarentena evitou uma perda R$ 9,14 bilhões”, destacou a entidade. São Paulo respondeu pela maior fatia desse ganho: R$ 3 bilhões.

De acordo com dados de uma pesquisa semanal da CNC, desde meados de março, o varejo brasileiro já acumulou R$ 210,08 bilhões em perdas de vendas com a pandemia. Deste total, 92,1% (R$ 193,39 bilhões) ocorreram no chamado varejo não essencial.

No fim de março, no auge do isolamento social, o setor registrou perda semanal de R$ 23,12 bilhões e, desde então, tanto os segmentos do chamado varejo essencial, quanto aqueles considerados não essenciais apresentam clara tendência de redução nos registros semanais negativos devido ao crescimento do varejo on-line e à redução do isolamento social.

A CNC destacou que o número de transações no e-commerce brasileiro também vem apresentando crescimento exponencial nos últimos meses, saltando de média diária de 650 mil operações, em fevereiro, para 1,2 milhão, em maio, salto de 122% sobre ante maio de 2019.

Apesar desse crescimento, a participação do e-commerce no total faturado pelo varejo brasileiro ainda é tímida, na medida em que aproximadamente 5% da aquisição de produtos se dá por meio do comércio eletrônico.

Vicente Nunes