A CNC prevê um faturamento de R$ 6,2 bilhões na data, conforme estimativas divulgadas nesta terça-feira (6/10). Se confirmado, esse seria o primeiro desempenho negativo das vendas para a data nos últimos quatro anos. Em 2016, a queda foi de 8,1%, em termos reais (descontada a inflação). O Dia das Crianças é a terceira data mais importante do calendário do varejo nacional, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães.
“Essa é a primeira queda em quatro anos, mas, quando comparamos com outras datas comemorativas, o recuo é menos acentuado do que a média registrada na Páscoa e no Dia das Mães, de 30% a 40% neste ano”, avaliou o economista da CNC Fabio Bentes, em entrevista ao Blog. Ele lembrou que, a despeito dos juros e da inflação oficial em patamares historicamente baixos, o mercado de trabalho travado é um dos principais motivos para a queda nas vendas do comércio em geral.
Dados da CNC mostram que o desemprego em alta, o aumento da informalidade e a subutilização da força de trabalho, continuam sendo um desafio para o comércio não apenas para esta data comemorativa, mas para as demais deste ano. A queda do valor do auxílio emergencial a partir de setembro também deverá dificultar a retomada das vendas mesmo em um cenário de inflação e juros baixos, de acordo com a entidade.
De acordo com dados da CNC, o estado de São Paulo deverá corresponder pela maior fatia do faturamento do comércio, de R$ 1,77 bilhão, seguido por Minas Gerais (R$ 667,3 milhões), Rio de Janeiro (R$ 514,1 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 454 milhões). Juntos, deverão responder por mais da metade (54,8%) do total movimentado com a data neste ano.