A decisão do presidente do Banco Central, Ilan Golgfajn, de mudar a forma de comunicação da instituição provocou ciumeira entre ex-diretores que, até bem pouco tempo, davam expediente na sede da autoridade monetária. Acreditam que deveriam ter se antecipado e feito as alterações.
Mas não foi por falta de propostas que as mudanças não aconteceram. Por várias vezes, Alexandre Tombini, ex-comandante do BC, foi questionado sobre a necessidade de um processo de modernização da autoridade monetária. Mas não deu bola.
Nos últimos meses de sua gestão, Tombini só se preocupava com uma coisa: livrar-se das garras do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele foi uma das autoridades acusadas de liderarem as pedaladas fiscais que estão na base do impeachment de Dilma Rousseff.