A organização criminosa foi desbaratada depois de um ano de investigações conduzidas pela 9ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal. Segundo o delegado Erick Sallum, responsável pelo caso, os golpistas pegavam o dinheiro dos incautos com a promessa de aplicá-lo na Bolsa de Valores, mas desviavam os recursos para outros países por meio de criptomoedas. Depois, alegavam aos investidores que tudo foi perdido.
A estimativa é de que os prejuízos passem de R$ 16 milhões — quantia suficiente para comprar as joias que teriam sido doadas pelo governo da Arábia Saudita a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Pelos registros da Polícia Civil do DF, 945 pessoas, efetivamente, afirmaram ter sido lesadas, mas, na avaliação do delegado, o número passa dos milhares.
Há, entre as vítimas, uma que perdeu mais de R$ 1,5 milhão, outras que ficaram sem recursos para tratamentos de doenças como câncer, pessoas que se endividaram acreditando na sorte grande. Além disso, houve casamentos e famílias desfeitas por causa da obsessão por ganhos fáceis. Segundo o delegado, várias vítimas entraram em depressão, com tendências suicidas, por dificuldades em lidar com os prejuízos materiais.