Em Águas Claras, onde, tradicionalmente, a gasolina é mais barata, o litro saltou de R$ 4,199 para R$ 4,399 de um dia para o outro. No Setor de Indústrias Gráficas (SIG), o preço pulou de R$ 4,249 para R$ 4,589.
Segundo especialistas, os motoristas devem preparar o bolso. Se há uma perspectiva no horizonte, ela é de aumento dos preços da gasolina. Na avaliação deles, os combustíveis entraram em nova rota de alta, sobretudo, por causa da valorização da moeda norte-americana. A Petrobras, que fixa os valores nas refinarias, não perdoa.
Representante do setor de combustíveis dizem que, além da política de preços da Petrobras, que acompanha a variação do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar, os governos não estão pensando duas vezes em aumentar impostos. A situação é tão complicada que, somente ao atravessar a fronteira de São Paulo para o Rio de Janeiro, a gasolina fica R$ 0,63 mais cara.
“Para os consumidores, esses aumentos são uma péssima notícia”, diz a servidora pública Paula Silva, 48 anos. “O que me chama a atenção é o fato de que, duas semanas atrás, conseguia encher o tanque com gasolina muito próxima de R$ 4”, acrescenta. “Os postos são muito ágeis ao repassar os aumentos”, emenda.
Empresários do setor explicam que os ajustes dos preços nas bombas se dão de acordo com os estoques e com a necessidade dos postos de manterem as margens de lucro. As empresas, dizem, não podem operar no vermelho sob o risco de falirem. “Ninguém aumenta preços porque quer, pois isso reduz as vendas. Acompanhamos apenas a realidade do mercado”, afirma um dos empresários.
Brasília, 14h05min