A CEB vive seu momento mais dramático. Além de estar sem caixa para tocar serviços básicos, como o de cobrança de inadimplentes, corre o risco de perder a concessão de distribuição. Em reunião nesta semana com a diretoria da empresa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avisou que poderá declarar a caducidade da concessão da companhia, ou seja, cassar a autorização para a CEB fornecer eletricidade.
Desde o ano passado, a CEB vem descumprindo, sistematicamente, os índices de eficiência definidos pela Aneel. Quer dizer, a empresa não está entregando a seus clientes, os moradores do Distrito Federal, serviços com o mínimo de qualidade. Não por acaso, as queixas contra a companhia só aumentam.
Perdas
A proposta da CEB é entregar para investidores o controle da distribuição de energia, como forma de se capitalizar. O dinheiro injetado pelos novos sócios permitirá o equacionamento de dívidas e a retomada de investimentos, hoje, inexistentes. A CEB Distribuição praticamente se transformou em uma empresa pagadora de salários.
Para se ter uma ideia da ineficiência da CEB Distribuição, há uma fatura de dívidas em atraso superior a R$ 640 milhões e não há equipes para reaver parte desses débitos. O maior temor dos atuais dirigentes da CEB é a perda da concessão. Se isso acontecer, a holding que controla a empresa terá que assumir toda a estrutura da distribuição sem qualquer receita para bancar os gastos.
Atualmente, a CEB Geração é lucrativa. Mas os ganhos não são suficientes para cobrir as perdas com a distribuição. No que depender do governador Ibaneis Rocha, a venda do controle acionário da CEB Distribuição ocorrerá ainda neste ano.
Brasília, 15h10min