Cartão corporativo do GSI inclui gastos com filhos de Bolsonaro, sobretudo Carluxo

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Os gastos feitos com cartão corporativo pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro beneficiaram, em parte, os filhos do então mandatário, especialmente Carlos, conhecido como Carluxo.

Há relatos de pessoas que lidavam diretamente com os cartões corporativos do GSI e da Presidência da República indicando que Carluxo costumava viajar de forma repentina, e todas as despesas com hotéis, refeições, deslocamentos e segurança eram bancadas pelo governo.

Carluxo, que é vereador pelo Rio de Janeiro, passava mais tempo em Brasília e em viagens particulares ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás. Tudo pago pelos cofres públicos.

Houve casos, inclusive, em que o filho 02 se hospedava em um hotel e os seguranças, em outro, porque ele queria sair sozinho, principalmente à noite, sem que ninguém o acompanhasse de perto. O clima, muitas vezes, era de constrangimento.

Apesar de a Secretaria-Geral da Presidência ter liberado informações sobre os gastos com cartões corporativos de Bolsonaro — foram R$ 13,6 milhões apenas com hospedagem —, as informações em relações às despesas do GSI continuam sob sigilo. O Gabinete de Segurança Institucional assumiu os gastos pessoais da família Bolsonaro em dezembro de 2020.

Vicente Nunes