Tanto Carlos quanto Eduardo consideram Weintraub “fiel” e “fundamental” para movimentar as massas neste momento. Para os irmãos Bolsonaro, não se deve desprezar um “aliado” como o ministro, que, como poucos, veste a camisa do governo e vai para o ataque.
Bolsonaro, porém, está sendo pressionado por todos os lados para que demita Weintraub com o intuito de pavimentar uma ponte com o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso. Até o Centrão, grupo de partidos com o qual o presidente da República está contando para evitar um processo de impeachment no Congresso, cobra a demissão do ministro.
Prisão
Segundo integrantes do Planalto, militares e políticos que têm trânsito no governo alertaram o presidente que pegará muito mal para o governo se o Supremo pedir a prisão de Weintraub. Neste fim de semana, o ministro voltou a classificar os ministros do Supremo como “vagabundos que deveriam está preso”. Ele tinha dado essa declaração na fatídica reunião ministerial de 22 de abril, que serve de base para uma investigação do Supremo sobre possível interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.
Os aliados de Bolsonaro acreditam que, se o ministro sair de cena neste momento, pode ser que o Supremo baixe a bola em relação a ele. Nesta segunda-feira, a ministra Cármen Lúcia votou por manter Weintraub no inquérito que investiga a disseminação de fake news.
De qualquer forma, Bolsonaro não deixará Weintraub na chuva. Se realmente for demitido do Ministério da Educação, ele receberá um agrado do Palácio do Planalto. Apesar de todo o estrago que vem provocando no governo, o ainda ministro é querido pelo presidente.
Brasília, 15h47min