Foto: Ana Sá/ CB Press
As reclamações dos consumidores são muitas, especialmente por ser uma sexta-feira. Muitos costumam sacar recursos nos caixas eletrônicos para o fim de semana. Os caixas eletrônicos são vistos como facilitadores, não como empecilhos.
A relação entre os bancos e as transportadores não é das melhores. Além das renegociação de valores de contratos para distribuição de dinheiro, o que é feito individualmente por banco, está no meio da disputa um projeto em tramitação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado que proíbe a atuação de empresas de transporte de valores pertencentes a instituições financeiras. A proposta faz parte da análise do Estatuto da Segurança Privada (SCD 6/2016).
O relator da proposta, Vicentinho Alves (PR-TO), assumiu o compromisso de apresentar uma nova versão de seu relatório, com base em acordo envolvendo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a Polícia Federal, as empresas do setor, os sindicatos e as cooperativas. O senador ressalta, porém, que, conforme o Regimento Interno do Senado, na atual fase de tramitação da proposta não seria mais possível emendar o texto no mérito. Seria factível apenas suprimir artigos. O projeto, que teve origem no Senado, foi alterado na Câmara dos Deputados.
Para o senador Hélio José (PMDB-DF), que defende a inclusão de uma emenda de redação para assegurar que as empresas hoje atuantes no mercado possam continuar operando, disse que, mantidas as restrições previstas no projeto, cerca de 60 mil postos de trabalho poderão desaparecer.
Segundo a Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV), o número de trabalhadores da empresa TB Forte/TecBan limita-se a aproximadamente 800 pessoas e, diante da restrição a transportadoras de bancos, a mão de obra seria absorvida pelos demais operadores do mercado.
Brasília, 10h45min