CAF destinará US$ 4 bilhões para preservação de recursos hídricos

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Num mundo em que a água está se tornando um bem escasso, o CAF, o banco de desenvolvimento da América Latina, vai destinar US$ 4 bilhões a projetos e iniciativas da América Latina e Caribe que promovam a gestão integrada dos recursos hídricos e a melhoria da governança da água até 2026. A instituição também mobilizará recursos financeiros junto a parceiros regionais e globais para ações como o acesso seguro e equitativo à água e ao saneamento e à redução da poluição hídrica e à gestão dos resíduos sólidos urbanos. O anúncio será feito nesta quinta-feira, 23 de março, na Conferência das Nações Unidas sobre a Água 2023.

Dentro dessa estratégia, o banco apresentará, em breve, sua Estratégia da Água 2023-2026, que estabelece as linhas de ação para a segurança hídrica e, como parte delas, a aceleração de iniciativas sustentáveis e de qualidade. Serão repassados às partes interessadas em financiamentos recursos para o desenvolvimento de projetos estruturados e detalhados, com a potencialização de impactos no desenvolvimento da região. Ainda, serão catalisados mais recursos de investimento e pré investimentos de outras agências internacionais de fomento e doadores para o segmento, além de promover maior participação do setor privado em projetos hídricos na América Latina e Caribe.

Segundo o CAF, atualmente, mais de um quarto da população mundial (2 bilhões de pessoas) não tem acesso a água potável e metade (3,6 bilhões) vive sem saneamento. Mais: cerca de 66% das águas residuais são despejadas no meio ambiente sem tratamento. Enquanto isso, na América Latina e no Caribe, 161 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso à água potável e 431 milhões não têm acesso a saneamento, sendo mais de 320 milhões localizados nas cidades.


Essas
iniciativas fazem parte do objetivo do CAF de se tornar o banco verde da América Latina e do Caribe, que envolverá o financiamento de US$ 25 bilhões em operações verdes, que ajudam a aumentar a resiliência climática, a preservação da biodiversidade, a restauração dos ecossistemas naturais e a promoção da transição energética na região.

Vicente Nunes