O valor de mercado representa a total de todas as ações de uma empresa multiplicado pelas cotações dos papéis na Bolsa de Valores.
No dia 31 de dezembro de 2021, o BRB era cotado no mercado a R$ 9,3 bilhões. Foi o pico de valorização da instituição controlada pelo Governo do Distrito Federal (GDF).
Um ano depois, refletindo o recuo nos resultados da instituição, o valor de mercado do BRB baixou para R$ 6,3 bilhões. Já havia um certo descontentamento dos investidores com os números do banco.
Em 30 de junho deste ano, a capitalização do BRB caiu ainda mais, para R$ 4,7 bilhões. Tamanha desvalorização tem a ver com a determinação do Banco Central de limpar os balanços da instituição. A autoridade monetária encontrou cerca de R$ 321 milhões em lançamentos indevidos nos demonstrativos financeiros do BRB.
Com os ajustes, o BRB saiu de um lucro líquido de R$ 69,9 milhões no primeiro trimestre do ano para prejuízos de R$ 43 milhões. No acumulado de janeiro a junho, o banco apontou ganho de R$ 42 milhões, mas esse resultado positivo só foi possível graças ao lançamento de créditos tributários de R$ 71,6 milhões. O resultado operacional do BRB nesse período foi negativo em mais de R$ 23 milhões.
Os investidos estão acompanhando com lupa o que se passa no BRB, que tem se desfeito de uma série de ativos, como prédios de agências bancárias e de carteiras de crédito consignado de servidores e aposentados — só essas operações renderam R$ 1 bilhão neste ano —, mas, ainda assim, os resultados finais só pioram. Como dizem os analistas, há algo de muito estranho no ar.