Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que Brasília registrou, em agosto, a terceira maior inflação do país. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na capital federal alcançou 0,58%, mais do que o dobro da média nacional de 0,24%.
O custo de vida em Brasília, que só perdeu para as taxas de Campo Grande (1,04%) e Goiânia (0,66%), foi puxado, sobretudo, pelos preços dos alimentos e dos combustíveis. Esses produtos subiram mais em Brasília do que nas demais capitais pesquisadas pelo IBGE. Ou seja, supermercados e postos de combustíveis pesaram mais a mão sobre o bolso dos consumidores.
Mais pobres sofrem mais
Quando a taxa de referência é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação dos mais pobres, com renda de até 2,5 salários mínimos, a carestia em Brasília foi ainda maior. O INPC apontou alta de 0,71%, perdendo apenas para a subida de 1,33% em Campo Grande (MS).
Na visão de especialistas, os brasilienses continuarão sofrendo com a inflação nos próximos meses. Setembro começou com forte alta nos alimentos e reajustes pesados na gasolina, mesmo com a Petrobras tendo reduzido os valores nas refinarias por duas semanas seguidas.
Brasília, 10h06min