HAMILTON FERRARI
O brasileiro começa 2019 com dificuldades financeiras. Segundo dados do Banco Central (BC), nos dois primeiros meses do ano, a retirada líquida de recursos da poupança foi de R$ 15,253 bilhões. Este foi o maior saque realizado nos últimos três anos.
Os dados foram divulgados na tarde desta sexta-feira (8/3) pela autoridade monetária. O resultado revela que o aperto financeiro ainda é realidade. Nos dados atualizados, de fevereiro, os saques superaram os depósitos em R$ 4,02 bilhões. Esta foi a maior perda para o mês desde 2016.
O estoque de recursos aplicados passou de R$ 788,898 bilhões em janeiro para R$ 787,933 bilhões em fevereiro. O rendimento na poupança somou R$ 2,965 bilhões no último mês.
Com desemprego elevado e taxa de inadimplência ainda alarmante, os consumidores estão tendo que recorrer às suas economias. Início de ano é conhecido pelos gastos com festividades e impostos, como IPVA e IPTU, por exemplo. Em 2018, os depósitos superaram os saques em R$ 38,2 bilhões.
Rentabilidade
A poupança também perdeu atratividade com a redução da taxa Selic. Na prática, quanto menores os juros, menor será a rentabilidade da caderneta. Atualmente, o índice está em 6,5% ao ano, o que faz o investimento render 4,55% ao ano mais a taxa referencial (TR).
Brasília, 16h41min