O criminoso morava em Cascais, um dos locais mais caros de Portugal, onde os ricaços brasileiros se instalaram. Para tentar dar uma fachada de legalidade na sua presença em território luso, Leonardo abriu duas empresas no país. Sem qualquer atividade comprovada, as firmas seriam usadas para lavagem de dinheiro.
O brasileiro vinha sendo investigado pela Polícia Judiciária de Portugal, mas não chegou a ser preso. Ele estava na mira das autoridades portuguesas devido a seu histórico. Já tinha sido preso no Brasil em uma megaoperação de combate ao tráfico de drogas. Pouco tempo depois, acabou libertado.
Leonardo costuma ostentar muito nas redes sociais. Isso também chamou a atenção das autoridades dos Emirados Árabes. Não se sabe ainda se o brasileiro será extraditado para o Brasil ou para Portugal. Os países árabes não costumam ter acordos nesse sentido. E são rigorosíssimos com traficantes de drogas.
Tem sido constante ver alertas da polícia portuguesa sobre a possibilidade de a maior organização criminosa do Brasil estar se infiltrando no país europeu. O PCC se estruturou muito para ter seu braço internacional. Resta saber se as autoridades assistirão, passivamente, a chegada de integrantes do grupo a Portugal, que se orgulha das pesquisas que o apontam como a sexta nação mais segura do mundo.