O setor de serviços e a indústria devem liderar o processo de contratação ao longo do ano, mas os brasileiros precisam ficar atentos às oportunidades. E mais: será preciso muita preparação. As pessoas, de acordo com Torelly, não podem se acomodar. Devem fazer cursos, sobretudo de inglês e na área de tecnologia. “A competição será cada vez maior”, avisa.
Em entrevista ao programa CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, Torelly detalha que os trabalhadores que estão na informalidade devem aderir ao programa Microempreendedor Individual para garantir cobertura do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e acumular tempo de contribuição para a aposentadoria.
Para os que não querem empreender, a dica de Torelly é atualizar os currículos, procurar as agências públicas e privadas de emprego e expandir as redes de contatos. Ele afirma ainda que várias fronteiras de empregos estão se abrindo no país, como Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Minas Gerais e São Paulo também vão ampliar as oportunidades.
Na avaliação do especialista, os empregadores tenderão a ser cada vez mais exigentes. O nível de capacitação da mão de obra será levado em conta na hora da contratação. “As pessoas não devem se acomodar ou desistir. Quem não está empregado deve buscar cursos profissionalizantes, investir em um segundo idioma e não desanimar se receber uma resposta negativa em uma entrevista”, diz.
Torelly lembra que, somente em 2015 e 2016, o Brasil fechou quase 3 milhões de vagas formais de trabalho. Em 2017, o saldo deve ter ficado negativo entre 100 mil e 150 mil. No ano passado, até novembro, 17 das 27 unidades da federação abriram mais postos de trabalho do que fecharam.
Brasília, 15h58min