Bolsonaro escolhe Adolfo Sachsida como ministro de Minas e Energia

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ROSANA HESSEL

Em meio a mais um reajuste nos combustíveis anunciado pela Petrobras, que desagradou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e que ponde desencadear paralisações de caminhoneiros no país, o chefe do Executivo decide trocar o comando do Ministério de Minas e Energia (MME).

Conforme o Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (11/5), Bento Albuquerque foi exonerado, a pedido, e, para o seu lugar foi nomeado o economista Adolfo Sachsida, assessor especial de assuntos estratégicos do ministro da Economia Paulo Guedes, que é defensor da política de paridade de preços internacionais da Petrobras.

A mudança ocorre dois dias após a Petrobras anunciar reajuste de 8,87% no preço do diesel nas refinarias, de R$ 4,51 para R$ 4,91 o litro e poucos dias depois de a estatal reportar novo lucro de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022, que Bolsonaro chamou de “estupro”. Em 2021, a companhia lucrou R$ 106 bilhões.

Ex-secretário de Política Econômica da Economia, Sachsida, é servidor concursado do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e integra a equipe econômica desde o início. Ele é um dos poucos remanescentes da pasta que vem sendo esvaziada. O novo ministro, inclusive, se aproximou de Bolsonaro antes mesmo de Paulo Guedes integrar a campanha eleitoral de 2018 e é visto como um dos técnicos mais bolsonaristas da Esplanada.

Nas redes sociais, Sachsida agradeceu a indicação de Bolsonaro para o comando do MME. “Agradeço ao Presidente @jairbolsonaro pela confiança, ao min Guedes pela apoio e ao min Bento pelo trabalho em prol do país. Com muito trabalho e dedicação espero estar a altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil”, escreveu.

Vicente Nunes