O presidente Jair Bolsonaro encaminhou sua primeira mensagem ao Senado. No documento, ele pede a apreciação do nome do economista Roberto Campos Neto para a presidência do Banco Central, em substituição a Ilan Goldfajn.
Campos Neto terá que ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE). A expectativa de Bolsonaro é de que a aprovação ocorra ainda em fevereiro. Como ainda não teve aval dos parlamentares, Campos Neto não pôde posar para a foto oficial de ministros feita nesta terça-feira, 1º de janeiro.
Até ser indicado para a presidência do BC, Campos Neto respondia pela área de Tesouraria do Banco Santander. Uma de suas principais missões será a aprovação do projeto que dá autonomia formal para a autoridade monetária. Ilan tentou fazer esse projeto avançar, mas não conseguiu.
O projeto de um BC independente, na visão de Campos Neto, dará maior peso à política monetária, pois tirará todo risco de intervenção do Planalto na taxa básica de juros (Selic), que está em 6,5%, o nível mais baixo da histórica.
O futuro presidente do BC é neto do lendário economista Roberto Campos, que foi ministro do Planejamento durante a ditadura. Campos é a maior referência do ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem coube indicar Campos Neto para o Banco Central.
Brasília, 21h59min