GABRIELA VINHAL
Após desgaste sobre declarações dadas à imprensa, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, deve se reunir novamente, na sexta-feira (21/9), com o assessor econômico dele, Paulo Guedes, e o filho, Carlos Bolsonaro, que tem liderado a equipe de campanha do pai. O objetivo do encontro é aparar as arestas depois do desentendimento que ocorreu entre os dois na quarta (19/9), após uma declaração dada por Guedes sobre a possível criação de uma CPMF, imposto que incide sobre a movimentação financeira.
A dupla ainda deve pensar em novas estratégias, já que o postulante está afastado das ruas e diminuiu o engajamento do vice, General Mourão, na campanha dele. O compromisso, segundo uma pessoa da equipe de campanha de Bolsonaro, ainda está marcado, mesmo com as complicações pelas quais o presidenciável passou nesta tarde.
Internado desde o último 6 de setembro, quando levou uma facada durante um comício, o capitão reformado do Exército teve febre e precisou realizar uma tomografia computadorizada de tórax e abdômen. Após o exame, de acordo com o boletim de saúde desta noite, um líquido foi encontrado ao lado do intestino e Bolsonaro precisou fazer uma drenagem.
“Estamos tranquilos, porque sabemos que essas intercorrências podem ocorrer. Mesmo com essas complicações, até agora, a reunião entre eles está mantida”, disse. Ainda segundo a fonte, Bolsonaro precisou negar a suposta criação da CPMF, porque não foi combinado previamente com o economista. No entanto, minimizou que tenha abalado a relação entre o candidato e Guedes. “As postagens foram publicadas para esclarecer que a fala de Guedes foi mal interpreta por alguns. Ele só queria reforçar o plano econômico de seu governo”.
Brasília, 21h13min