Dos sete colégios eleitorais nos Estados Unidos, Bolsonaro venceu em quatro, sendo que a votação mais expressiva foi registrada em Miami — teve 11.682 votos contra 2.548 de Lula. Coincidentemente, o segundo maior colégio eleitoral fora do Brasil é reduto de apoio de Donald Trump.
Nos EUA, além de Miami, o presidente ganhou em Atlanta (2.879 contra 973 de Lula), em Nova York (5.088 ante 4.716) e em Boston (9.046 contra 2.982). Lula venceu em Los Angeles (1.793 frente a1.671 de Bolsonaro), Washington (2.271 ante 2.089) e São Francisco (2.174 contra 1.344).
Toda a vantagem de Bolsonaro sobre Lula nos EUA foi tirada nos principais colégios eleitorais da Europa, sobretudo em Portugal (Lisboa, Porto e Faro): o petista teve 21.839 votos e o oponente, 11.218. Em Paris, o placar foi de 7.089 votos para Lula e 1.384 para Bolsonaro. Em Berlim, de 5.713 a 809.
Pelos dados consolidados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula venceu a disputa no exterior com 138.933 votos (47,17%) ante 122.548 (41,67%) de Bolsonaro. Apesar da frequência maior dos brasileiros que vivem fora do Brasil nas urnas, a abstenção foi elevada: 56,24%.
A expectativa é grande em relação ao segundo turno. Como houve longas filas nos principais colégios eleitorais dos Estados Unidos e da Europa, especialistas questionam se os eleitores estarão dispostos a voltar às urnas para enfrentar os mesmos problemas.
Defensores dos dois candidatos prometem trabalhar muito para que os votantes não só retornem às seções eleitorais, como boa parte dos que não votaram no primeiro turno compareça às urnas na nova etapa da disputa entre os candidatos à Presidência da República.